03 dezembro 2008

Ação entre amigos livra corrupto de cassação

Assim funciona o nosso Congresso Nacional. Lá todos são amigos e inexiste coloração ideológica. A ideologia é apenas uma: ganhar sempre. Levar vantagem sempre. Quando se trata de punir seus pares por ladroagem e outros crimes comuns o resultado é sempre o mesmo: a "absolvição". O exemplo disso foi a votação da Comissão de Ética da Câmara livrando o conhecido meliante deputado Paulo da Silva Pereira, o Paulinho da Força (PDT) da cassação. Paulinho já havia ameaçado vários deputados da comissão. Tem o rabo de todos eles. O deputado está livre do processo por quebra de decoro parlamentar que poderia bani-lo da política até 2018. Há pouco, foi rejeitado pela maioria dos integrantes do Conselho de Ética (10 x 4) o relatório do deputado Paulo Piau (PMDB-MG) que pedia a cassação do mandato do deputado do PDT. Para escapar da cassação, Paulinho contou com a conivência de Fernando Melo (PT-AC), Leonardo Monteiro (PT-MG), Sandes Júnior (PP-GO), Wladimir Costa (PMDB-PA), Efraim Filho (DEM-PB), Dagoberto (PDT-MS), Abelardo Camarinha (PSB-SP), José Carlos Araújo (PR-BA), Marcelo Ortiz (PV-SP) e Rômulo Gouveia (PSDB-PB). Todos eles rejeitaram o relatório de Piau. Contra Paulinho votaram: Paulo Piau, Moreira Mendes (PPS-RO), Professor Ruy Pauletti (PSDB-RS) e Solange Amaral (DEM-RJ).

Eu sempre achei que essa história de Comissão de Ética é mais um instrumento de confraria para estabelecer a "'ética" de cada grupo. Ética vem de casa. Na hora em que começam a fazer comissões para regular a ética é porque tem falcatrua no meio.

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