25 junho 2008

Agrenco: R$ 1,2 milhão para políticos

Qual seria o motivo de uma empresa como a Agrenco que trabalha com soja "investir" uma baita de uma grana em políticos e prefeitos de cidades portuárias. Seu interesse é nos portos. Todos sabemos que não existe "almoço grátis". É uma via de mão dupla. Te ajudo agora e me ajudas mais adiante. Todo o mundo sabe disso mas ninguém fala. Existe um pacto de hipocrisia total na imprensa e alhures.
A tal empresa Agrenco, investigada pela Polícia Federal na Operação Influenza, devia ter muita influência mesmo era sobre os políticos que bancava nas campanhas eleitorais. O maior beneficiário de todos foi o prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni (PTmdb). Somente nas eleições de 2004 e 2006 a Agrenco presenteou um dúzia de políticos com nada menos que R$ 1,2 milhões. Morastoni, foi o que levou mais: R$ 440 mil. Entre os beneficiados estão o ex-superintendente do Porto de Itajaí, Décio Lima, o prefeito de São Francisco do Sul, Odilon de Oliveira (Pmdb) e os tucanos Rubens Spernau, Balneário Camboriú, Edson Olegário de Camboriú e Beto Martins de Imbituba. Diz lá no site da Agrenco que a missão da empresa é "prover as melhores soluções integradas para o agronegócio global, atuando como um agente de desenvolvimento e gerador de resultados para nossos clientes". Mais adiante "Confiabilidade e transparência, segurança, solidez e ética são os valores que sustentam a atuação do Grupo Agrenco".
Eles adoram falar em ética e valores sólidos. Tudo mentira. O principal acionista da empresa, Francisco Ramos, foi enjaulado pela PF que afirma que ele teria enganado até os sócios minoritários da empresa ao simular negócios com produtores de soja comprando carregamentos fantasmas.

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