17 fevereiro 2008

Sem Rumo


O SUSTO
A indisfarçável atitude de quem foi pego de calças curtas com a quase cassação de Luiz Henrique pelo Tribunal Superior Eleitoral é a imagem que fica para a população.
Acomodada no poder há cinco, a perestroika peemedebista pintou, chuleou, bordou e caseou.
Com o domínio quase total da mídia catarinense, LHS e seus aliados estavam como porco no barro: à vontade! Distribuíram verbas publicitárias como se o dinheiro não fosse público. Jornais surgiram do dia para a noite somente para abocanhar verbas fartamente distribuídas sob o manto da democratização da imprensa.
O projeto “imprensa” era tão genial que setores da oposição chegaram a exclamar:
- como não pensamos nisso antes?


CORDA PRA SE ENFORCAR

A coisa estava tão solta que LHS não dava a mínima para as denúncias da oposição na Assembléia. Convocava a tropa de choque e tripudiava com maioria absoluta.
Foram pegando corda para se enforcar!
Que o crime eleitoral e o abuso de poder político foi cometido. Isso todos sabem. Mas são misteriosos e demorados os caminhos da Justiça. O mais incrível nisso tudo foi o poder da soberba de LHS empanar os cuidados mínimos que certas situações exigem.
Um ministro que pede vistas do processo e “senta” em cima – por seis meses, para o senso comum, é claro que está ganhando tempo! Errado! O voto do ministro Ari Pargendler foi mais contundente que o do relator. Surpreendeu até a oposição.

O PÂNICO
A partir do terceiro voto pela cassação o pânico se instalou na perestroika. Uma faísca já havia atingido o sistema nervoso central do governo no dia anterior ao julgamento. LHS foi buscar socorro no ministro do STF e suplente do TSE Eros Grau.
A simples visita ao ministro já mostrava um certo temor. Foi uma atitude extrema. Ao mesmo tempo que se expunha colocava o ministro em impedimento (ético) no caso de vacância no TSE.

INSEPULTO
Porque o governo estava tão tranqüilo não se sabe. Teriam alguma informação privilegiada de que nada de ruim aconteceria? Duvido!
Ministros não comentam suas decisões com ninguém, imagino eu.
A nota publicada pela coligação que apóia LHS é vazia de conteúdo e mantém o discurso da defesa: “Luiz Henrique estava afastado do governo seis meses antes da eleição”.
Se o argumento já era fraco no TSE é ridículo na nota e apenas denuncia o susto e o desacerto da perestroika. Ficaram como cachorro que caiu da mudança!
O susto foi tão grande que, como disse o jornalista Moacir Pereira na CBN Diário, o governador fica fora do ar até segunda-feira.

O governo começa a sangrar! É um cadáver insepulto!

Um comentário:

  1. Parabéns pelo diagnóstico. Estás entre meus favoritos a partir de agora!

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