24 fevereiro 2008

Cuba: liberdades e bloqueio

A discussão da democracia, das liberdade individuais e de perseguições a jornalistas e oposicionistas em Cuba é facilmente aceitável e deve ser feita por todos. Porém o sinistro embargo comercial imposto à esta pequena Ilha do Caribe é algo que deverá ser julgado, um dia, como crime de lesa humanidade.
Esta foi uma das medidas mais hipócrita já tomada pelos "irmãos" do norte. Ao mesmo tempo que condenam uma população de pouco mais de 10 milhões de pessoas à miséria em nome da democracia, os norte-americanos sustentam outros regimes criminosos e ditatoriais em várias partes do mundo, vendendo armas e ideologias de shopping.
Com a renúncia de Fidel começam a aparecer várias informações sobre Cuba entre elas sobre o embargo comercial ao país.
Cuba, com o bloqueio imposto pelos Estados Unuidos, foi banida da participação de qualquer organização mundial tanto política como comercial. Não tem acesso à financiamentos do BID, do FMI e do Banco Mundial. Enfim, é para morrer à míngua. Detalhes nos mostram até onde pode chegar a capacidade de prejudicar um pequeno país pelos norte americano. Vejam isso:
Quando uma empresa japonesa quer vender sua mercadoria aos Estados Unidos, os carros Mitsubishi, por exemplo, tem que ser inspecionada por agentes norte-americanos a fim de que fique provado que os veículos não usam níquel cubano na composição de seus metais em peças automotivas.
Qualquer empresa no mundo que fabrique aviões, por exemplo, está vedada de vender para Cuba se a maioria dos seus componentes eletrônicos forem de origem norte-americana.

Existe uma expectativa mundial de que haja uma liberalização das liberdades individuais na Ilha com o afastamento de Fidel Castro. Pela 13º vez consecutiva, a Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU) condenou o bloqueio econômico, financeiro e comercial imposto pelos americanos a Cuba. Uma resolução foi aprovada por 179 votos a favor e quatro contra (Estados Unidos, Israel, o pretorado americano das Ilhas Marshall e Palau).
Agora é esperar e ver se está começando uma nova revolução em Cuba. Fidel esperou dois anos para anunciar seu afastamento. Segundo ele, para poder preparar o seu povo a viver sem ele. Acontece que o anúncio da saída da cena política de um líder carismático como Fidel é como uma revolução: Se sabe como começa mas não se sabe como termina.
Pelas manifestações da imprensa e de pensadores políticos mundiais a previsão é de que muita coisa vai mudar na Ilha. Existe uma expectativa de abertura política no país. Tipo, sai o líder cai o regime.
Parece que as autoridades cubanas foram pegas de surpresa com estas manifestações e colocaram, rapidamente, Fidel a dar declarações dizendo que continuará participando ativamente da vida do seu pequeno país. Fidel está falando mais agora do que nos dois anos que esteve convalescendo.
É engraçado.

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